Superagro debate a produção comercial de peixes

A Superagro vai reservar espaço para os debates envolvendo a produção comercial de peixes. Para isso, será realizada mesa redonda com o tema “Desafios e alternativas para a reprodução comercial de peixes no Brasil”. Além da reprodução de animais aquáticos, a Superagro vai debater a reprodução de outras espécies incluindo bovinos, eqüinos e caprinos, dentro da programação do 18º. Congresso Brasileiro de Reprodução Animal, que acontecerá de 3 a 5 de junho, no Expominas, em Belo Horizonte.

O debate sobre a produção comercial de peixes se justifica pelo fato desta atividade estar registrando expansão no Brasil, nos últimos anos, em detrimento da pesca extrativa realizada nos rios. Este fenômeno se explica, de acordo com Henrique César Figueiredo, médico veterinário, doutor em Microbiologia e coordenador do Laboratório de Doenças de Animais Aquáticos (Aquavet) da Universidade Federal de Lavras (Ufla), porque os pescadores se ressentem da diminuição do período de pesca ao longo do ano devido à piracema, quando a pesca fica proibida.

Figueiredo é um dos coordenadores do debate que será realizado na Superagro. Ele explica que, nesse cenário, a reprodução comercial de peixes em tanques tem esbarrado na dificuldade de se obter maior controle sobre os resultados do uso dos hormônios responsáveis pelo aumento da fertilidade dos peixes. “Há sempre o risco de uma superprodução de peixes nos tanques, o que resulta em problemas sanitários e conseqüente mortandade dos animais. Este é o principal desafio, hoje, da reprodução comercial de peixes”, explica.

Consumo cresce – O veterinário informa que o consumo de pescados tem aumentado gradativamente no Brasil, assim como em todo o mundo. “Só no ano passado o Brasil chegou a produzir 300 mil toneladas de pescados, com destaque para o camarão, a tilápia, o tambaqui e a ostra”, informou. No Brasil, a atividade tem crescido em torno de 17% ao ano, 5% a mais que setores como a bovinocultura e avicultura de corte.
Em Minas a piscicultura tem ganhado força, apesar do estado não possuir grandes empresas do setor. A atividade é forte entre os produtores familiares e sua expansão se deve, entre outros, à grande rede de hidrelétricas que possibilita a criação de peixes nos reservatórios. As regiões de maior produção incluem a Serra da Mantiqueira com alta produção de truta, e a Zona da Mata, com o cultivo de peixes ornamentais.

Assessoria de Imprensa da SuperAgro